Era cerca de 22h de ontem quando cheguei em casa depois de uma descontraída reunião com amigos, deitei na cama, peguei meu iPad e fui checar se tinha alguma novidade no Guia do PC… e tinha. A notícia da morte de Steve Jobs estava escancarada na home do blog e foi um verdadeiro choque para este que vos escreve. E imagino que tenha sido também para todos aqueles que conhecem ao menos um pouco da história dele. Demorei um tempo para acreditar.
O Guia do PC preparou uma singela homenagem a este homem que literalmente revolucionou o mundo da tecnologia, tirando-o da estagnação. Uma homenagem a um homem que apenas queria “deixar uma marca no universo“. E deixou. Deixou sua marca em tudo que interagimos hoje: no mouse, na interface gráfica para desktops, nos ícones, nos smartphones modernos, na maneira de se consumir conteúdo… em tudo! Sem ele, não existiria sequer o Guia do PC, já que foi ele que criou os Computadores Pessoais.
Nos acompanhe nessa narrativa sobre a trajetória de vida de um verdadeiro gênio, de um autêntico visionário, daqueles que surgem somente de tempos em tempos. De um homem que não se deixou influenciar pelo meio, mas sim o mudou e o moldou ao seu gosto. Do responsável por descomplicar a tecnologia e a aproximar de todos nós.
Nascimento e Carreira Acadêmica
Steven Paul Jobs nasceu no dia 24 de fevereiro de 1955, em San Francisco, Califórnia. Seus pais biológicos chamam-se Joanne Simpson e Abdulfattah John Jandali, que o deram para adoção logo após o seu nascimento. O objetivo deles é que Steve fosse criado por pais graduados e que incutissem esse desejo nele. Seus pais adotivos se chamam Paul e Clara Jobs.
Nos tempos de colegial, chegou a conseguir um emprego numa grande empresa da região, chamada Hewlett-Packard, mais conhecida como HP. Em 1972, aos 17 anos, cumprindo a vontade dos pais, ingressou na Universidade Reed, em Oregon. No entanto, viu que aquilo não era para ele e abandonou no primeiro semestre, frequentando apenas algumas cadeiras que lhe interessavam, como Caligrafia, que veio a ter uma influência enorme no futuro.
Para se manter, trabalhou por um tempo na Atari e em 1974 fez algo que mudou por completo sua vida, viajou para a Índia. Ele, juntamente com seu amigo Daniel Kottke foram em busca de iluminação espiritual. Jobs se converteu ao budismo e ao retornar, empregou toda a sua filosofia na empresa que fundaria a seguir: a Apple.
Apple – O Início
Em 1976, em parceria com o igualmente genial Steve Wozniak, Jobs fundou a Apple. Para dar vida a empresa, tiveram que levantar fundos. Steve vendeu sua Kombi e Woz uma calculadora muito avançada para a época. Com o conhecimento avançado de Wozniak na eletrônica, eles criaram o Apple I. Talvez o primeiro computador pessoal do mundo. Venderam 200 unidades a US$ 666,66.
Mas no ano seguinte foi quando tiveram o seu primeiro grande sucesso. O Apple II. Bem acabado e montado de forma que já poderia ser usado assim que fosse tirado da caixa, foi ele quem alavancou a Apple ao status de grande empresa, tendo milhares de unidades vendidas. Mas outros produtos ainda estavam por vir. E o nome de um deles é Macintosh.
Período de Inovações
Com a grande quantidade de dinheiro que entrava na empresa, Steve logo tinha muitos funcionários e podia dar andamento as suas ideias. Então ele criou duas vertentes dentro da companhia. Uma voltada somente para os computadores Apple e outra para o Macintosh. Jobs acreditava tanto no poder de inovação de Macintosh que em 1983 convidou John Sculley, então CEO da PepsiCO, para ser CEO da Apple. Ainda meio relutante, foi convecido com a célebre frase de Steve: “Você quer passar o resto da vida vendendo água com açúcar ou quer uma chance de mudar o mundo?”
E ele realmente mudou. O Macintosh foi o primeiro computador a ter uma interface gráfica amigável a qualquer um, que fugia da tela preta e das linhas de código, nada fáceis de entender. E o primeiro PC a ter um dispositivo de entrada apontador, que permitia interagir com a interface gráfica. Ele foi batizado de mouse. A partir daí, grandes empresas apenas copiaram a ideia (como vai, Microsoft?) e a usaram em seus sistemas operacionais.
Portanto, se hoje você se gaba do visual do Windows 7, de como ele é lindo e tudo o mais, agradeça ao Jobs. Se não fosse por ele, não teríamos interfaces tão bonitas, fáceis e agradáveis de usar. Se não fosse por ele, talvez não teríamos nem mouse, um dispositivo básico de entrada de dados.
Macintosh
A vida de Steve Jobs- 1ª parte.
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